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  • O processo de independência, crises políticas e abdicação de D. Pedro I.
    A independência do Brasil e o inicio do império brasileiro é uma parte importante de nossa história, e muitos dos aspectos desse momento podem ser observados ainda hoje.
    O processo de independência do Brasil foi um processo lento, duro, e envolto a situações emblemáticas, muito diferente das comumente retratadas. Foi um processo que custou a abdicação de D. Pedro I ao trono, e uma dívida externa milionária.
    O Tratado de Paz e Amizade foi o documento assinado entre o imperador D. Pedro I e a corte portuguesa onde esta reconhecia a independência do Brasil. Este documento foi assinado em 29 de Agosto de 1825 no Rio de Janeiro, e em 15 de novembro de 1825 foi publicado e ratificado pelo rei D. João VI.
    O reconhecimento da independência do Brasil por parte do Reino de Portugal foi mediado pelo Reino Unido, que enviou como plenipotenciário sir Charles Stuart. Apesar de a Inglaterra já reconhecer informalmente a independência do Brasil, havia muitos interesses em jogo, principalmente extinção do tráfico negreiro no Brasil.
    Entre os termos do tratado, alguns foram motivos de duras criticas aos diplomatas brasileiros, principalmente a D. Pedro I.
    O tratado previa um pagamento no valor de dois milhões de libras esterlinas à coroa portuguesa à titulo de indenização, para que a mesma reconhecesse a independência. Esse valor seria pago à Portugal pela coroa inglesa, como empréstimo ao império brasileiro, aumentando substancialmente a divida do Brasil com a coroa inglesa.
    Também havia uma clausula em que o imperador se comprometia a extinguir o tráfico negreiro no Brasil. O interesse da coroa inglesa era aumentar o mercado consumidor na nova nação, onde seus produtos manufaturados poderiam ser consumidos. No ano seguinte, D. Pedro I assinou outro tratado com a coroa inglesa, onde determinava que o tráfico negreiro fosse extinto em 1830.
    Apesar de ter se comprometido com a coroa inglesa, acabar com o tráfico negreiro não foi tarefa fácil, de fato só ocorreu 20 anos mais tarde, em 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz.
    Os termos do Tratado assinado por D. Pedro I foram duramente criticados na Câmara dos Deputados. O legislativo apenas reconheceu a dívida contraída pelo Tratado em 1824, por consequência da constituição promulgada por D. Pedro I.
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